É o nosso cérebro que governa toda a nossa vida, todas as nossas atividade, todas as funções do nosso corpo. Ele é surpreendente - nos surpreende sempre! Quanto mais sabemos dele, mais nos surpreende. Ele é o exemplo máximo de organização, eficiência e adaptabilidade. Adaptabilidade é sua virtude talvez a mais surpreendente de todas e a que mais nos interessa neste blog e sobretudo neste artigo.
Podemos compará-lo a um diretor de uma imensa firma. Como nessa firma, ele atende todas as necessidades de todos departamentos, de todos os funcionários. Ele é notificado de tudo que acontece, e tenta resolver os problemas que lhe apresentam. Busca nos arquivos a resposta de como um problema foi resolvido há muitos anos atrás e volta resolver pelo método registrado. Se um problema, isto é, uma doença, no entanto se apresenta pela primeira vez, ele trabalha intensamente para resolvê-lo... e geralmente consegue e, em seguida, esse sucesso é devidamente registrado. Mas quando não consegue é porque geralmente nós interferimos no seu modo de agir ou na sua tomada de decisões. Quem lida bastante com animais, logo percebe, que eles ficam muito menos doentes que os humanos, e ainda menos ficam doentes os animais que vivem em florestas, soltos na natureza, coisa que concorda com a teoria dos terapeutas holísticos que afirma a Natureza ser auto suficiente e tende a se auto regenerar. Observe um cachorro por exemplo: anda na chuva, come coisas estragadas, não tem higiene, enterra um osso, horas ou dias depois o desenterra e o se põe a roer... nem por isso fica doente. Esse é um exemplo da adaptabilidade do nosso cérebro, que de certo modo “apreendeu” como lidar com essa situação e move os mecanismos de defesa do corpo.
Vejamos então, como nós interferimos nas ações do nosso cérebro.
Uma pessoa tem gastrite. Tem azia. Alguém disse que isso é excesso de acidez estomacal. Grande bobagem!!! O ácido clorídrico do nosso estômago, que serve para digerir os alimentos junto com enzimas, já é muito ácido, tem pH em torno de 2, e isso é muito ácido. Uma criança norte-americana tinha certa vez engolido uma moeda de cobre de 10 cents. Nada mais se podia fazer, era só esperar ela saisse pelos meios fisiológicos. Quando saiu, estava da espessura de uma folha de papel, enegrecida e quebradiça, atacada pela ácidez... Entretanto nos vendem uma substância farmacológica chamada anti-ácido. Quando nosso estômago “queima”, decidimos tomar esse anti-ácido. Nisso, digestão dos alimentos que estavam no estômago, devido à diminuição da acidez, se interrompe. O nosso cérebro é informado disso por células do aparelho digestivo que “medem” a acidez estomacal e “telefonam” avisando o cérebro. O cérebro toma então uma decisão conforme está nos arquivos de memória: a solução é “cobrar” efetividade das células que produzem o ácido como se tivesse sido dito: “recebi uma reclamação de que falta acidez aí! Que está acontecendo? Vamos trabalhar aí gente!”... As células do estômago então trabalham mais e produzem ainda mais ácido que antes de se ter tomado o tal anti-ácido. Isso se chama “efeito-rebote”. No início há um alívio da queimação, para em seguida se agravar. Anti-ácidos só agravam a doença contribuindo para que se torne crônica. Por quê? Porque o cérebro sabe o que faz, sem ácido clorídrico no estômago, não há digestão, não havendo digestão, o nosso corpo deixa de se alimentar, não se alimentando não teremos resistência orgânica e depois virá o agravamento da própria doença além de que outras surgirão em cascata...e possivelmente a morte!... Torna-se crônica a situação porque o cérebro tenta corrigir o que fazemos errado...
O nosso cérebro toma conta de nós. Nem precisamos saber que ele existe, ou que temos um estômago, ou intestinos... Saúde se traduz num bem estar tão completo que esquecemos ter um corpo para ficarmos livres e nos ocupar de outras coisas.
Outro exemplo de como interferimos nas ações do cérebro está expresso nos vícios. No vício do tabagismo por exemplo. O cérebro produz uma substância chamada SEROTONINA. Esta substância entre muitas funções, promove o BEM ESTAR que se traduz na sensação de PRAZER. A NICOTINA é uma substância quimicamente muito parecida à serotonina. A nicotina quando chega ao cérebro, ocupa o lugar da serotonina. Se a nicotina vem chegando regularmente aos lugares certos do cérebro, começa haver menor necessidade do cérebro em produzir a serotonina, porque os tecidos cerebrais passam a ”pedir” menos dessa substância ao cérebro. Com o passar dos anos, o cérebro programa uma produção fixa menor. É por isso que ocorre a chamada ”síndrome da abstinência”, porque o fumante se vê de repente sem nicotina e sem serotonina suficientes. Este é um aspecto da adaptabilidade do cérebro ... só que aqui a chamaremos de “adaptabilidade negativa”.
Muitas das substâncias alopáticas (medicamentos) agem da forma que age a nicotina no exemplo dado: promovem a adaptabilidade negativa. Isto também explica o porque de atualmente sermos mais frágeis e termos mais doenças que antigamente, e o porque de sermos menos resistentes que os animais.
Se nós não tomarmos antibióticos em doenças triviais como em casos de gripes, espinhas no rosto, pequenas infecções, ... se não corremos tomar analgésicos por qualquer pequena dor ou formos nos aventurando a tomar coragem e enfrentar mais as dores, iremos criando no organismo um “limiar de dor” maior e seremos mais resistentes a ela. Estaremos promovendo então a ”adaptabilidade positiva.” É sabido que de modo geral as mulheres são capazes de suportar melhor a dor que os homens, isto significa que elas sentem menos dor. É sabido que os homens, de modo geral, são mais covardes diante da dor, e sentem-na muito mais. Porém a modernidade está nivelando os dois gêneros, o masculino e feminino, à mesma condição de serem cada vez mais sensíveis à dor e necessitados de quantidades cada vez maiores de analgésicos para debelar uma dor. O nosso cérebro produz cada vez menos as endorfinas que amenizam ou suprimem a dor. É por isso que hoje tomamos muito mais analgésicos que no passado. No século 19, umas poucas miligramas obtidas por fervura de cascas de árvores como o salgueiro, já era suficiente. No futuro, teremos que tomar medicamentos ainda mais forts. Mas isso ainda tem um outro preço: aumento de alergias por aspirina por exemplo e outros males.
A Teoria da Evolução de Darwin, hoje já não mais teoria mas fato científico, demonstra claramente que o esforço aprimora os seres promovendo adaptabilidades cada vez mais refinadas e o seu contrário, as comodidades, “relaxam” os progressos feitos pelo esforço. Todos sabemos que um músculo inerte por algum tempo se atrofia.
Não é necessário que ninguém faça esforços exagerados. Não é isso que se está propondo. Está se propondo que se equilibre o ponteiro da balança que agora pende para o lado atrofiante do organismo. E é nisso que se põe dúvidas quanto à afirmação dos médicos alopatas que eles vendem saúde, estão na verdade vendendo muito mais comodidades do que saúde...
Ramutis Idika R+C
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
O CÉREBRO HUMANO
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